Através do brincar,
a criança pode desenvolver sua coordenação motora, suas habilidades
visuais e auditivas e seu raciocínio criativo. Está comprovado que a
criança que não tem grandes oportunidades de brincar, e com quem os pais
raramente brincam, sofre bloqueios e rupturas em seus processos
mentais.
As
crianças sem deficiência mental brincam instantâneamente, ou aprendem
rapidamente através de imitação. Elas tentam todos os tipos de
brincadeiras novas por curiosidade. As crianças deficientes,
que têm um menor grau de comprometimento em seu desenvolvimento
cognitivo, também aprendem por imitação, contudo, freqüentemente
necessitam ligeira ajuda para torná-las mais inquisitivas.
Já
as crianças com maior grau de comprometimento em seu desenvolvimento
cognitivo necessitam que lhes ensinem muita coisa e nesses casos a
imitação quase não funciona. É necessário ensinar a tarefa em si e
mostrar que o processo é divertido.
Auxílio Mínimo1. Instrução verbal
Com a bola dentro da xícara apenas fale: “pegue a bola.”
2. Fala e gesto
Com a bola dentro da xícara fale: “pegue a bola” e aponte para a xícara.
3. Orientação
Retire a bola da xícara e guie a criança até ela, ao falar “pegue a bola”.
Auxilio Máximo
Com base na atividade mencionada anteriormente, faça um seguimento completo: segure a mão da criança, feche seus dedos ao redor da bola, posicione sua mão sobre a xícara e faça-a soltar a bola.
Você pode repetir a atividade de tirar e colocar a bola na xícara para trabalhar a percepção da criança
- Quando alguma coisa nova for feita, elogie.
- Quando uma habilidade antiga for usada, fique apenas contente.
- À medida que uma habilidade nova se torna antiga, reduza o elogio pouco a pouco.
- Lembre-se sempre de manifestar o maior prazer quando aparecer uma habilidade nova – muito elogio, um abraço, um doce.
Este
seu estímulo ficará associado à tarefa. Com o tempo a tarefa será
executada, mesmo com você ausente, devido a este estímulo lembrado.
Então, embora talvez com alguns poucos brinquedos, você verá a criança
brincar. Não será mais uma “tarefa” para nenhum de vocês dois.
Uma
técnica especial é particularmente útil a ensinar a brincar. Baseia-se
na idéia de sucesso completo em cada etapa. Um bom exemplo é usar um
quebra-cabeça.
Utilizando um quebra-cabeça
Fazemos
muitas deduções quando executamos um quebra-cabeça porque já montamos
um anteriormente. Isto quer dizer que muitas pessoas que ensinam o
manuseio deste brinquedo ou tipos semelhantes às crianças, ensinam
erradamente. Não é efetivo espalharmos o quebra-cabeça quando o tiramos
da caixa, com as peças todas separadas na frente da criança, ou colocar
talvez algumas peças juntas e esperar que ela termine a montagem.
Veja a coisa através dos olhos da criança com deficiência mental.
Ela não sabe o que está fazendo, se ele colocar uma peça no lugar, a
coisa toda parece que ficou igual e ainda incompleta. O resultado é
frustração.
Comece de outro jeito e as coisas ficam diferentes!1. Monte você mesmo o quebra-cabeça e converse acerca dele.2. Tire uma de suas peças.3. Faça com que a criança reponha a peça. Ela terminou? Diga-lhe que isso é um sucesso alcançado!4. Tire outra peça, ou talvez a primeira que removeu e mais uma.5. Faça com que a criança complete o jogo. Ela teve sucesso mais uma vez!6. Repita a ação com outras peças.
Esta técnica, chamada encadeamento
é muito útil quando é importante evitar o fracasso. Simplesmente,
comece do fim e dê uma marcha ré. Isso é muito bom para qualquer
brinquedo seqüencial: um quebra-cabeça, um ábaco, jogos de construção e
muitos outros.
Atenção:
problemas poderão ocorrer quando não houver contato de olhos (com você
ou com o brinquedo): quando a criança adormece, tem conduta destrutiva
ou agressiva. Devemos evitar acomodações, perda de iniciativa ou
tendência ao isolamento.
A deficiência lúdica do deficiente mental decorre de vários fatores:
Baixa capacidade de atenção.
- Instabilidade psicomotora.
- Tendência a repetição estereotipada dos mesmos jogos.
- Ausência de iniciativa.
- Dificuldades motoras.
- Dificuldade para ater-se às regras.
- Fragilidade às frustrações.
Na brincadeira
a criança deve respeitar as regras, submeter-se à disciplina,
participar de equipes, aprender a ganhar e a perder. É um treino para a
vida. A diferença é que a criança com deficiência mental tem que ser
ensinada a jogar porque dificilmente vai começar instantâneamente. As
regras do jogo têm que ser bem explicadas, com poucas palavras e de
forma bem clara. Precisará de apoio para conformar-se a perder, ou a
ganhar, sem ufanar-se muito, a respeitar as regras e a controlar-se.
Fonte: Derek Blackburn (Londres)| traduzido por Nylse Cunha,
Trabalhando a coordenação motora:
Ilma, em que momento foi utilizado o computador com o aluno na prática. Aguardo nova postagem...
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